Desmistificando a Sanitização

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Para pensarmos em entrar na área da sanitização, primeiramente devemos estudar e saber explicar aos clientes sobre o vírus.

Os vírus são seres que não possuem células, são constituídos por ácido nucléico que pode ser o DNA ou o RNA, envolvido por um invólucro proteico denominado capsídeo. Possuem cerca de 0,1µm de diâmetro, com dimensões apenas observáveis ao microscópio eletrônico.

Por serem tão pequenos conseguem invadir células, inclusive a de organismos unicelulares, como as bactérias. É parasitando células de outros organismos que os vírus conseguem reproduzir-se. Como são parasitas obrigatórios eles causam nos seres parasitados doenças denominadas viroses.

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Os vírus apresentam formas de organismo bastante diferenciadas, mas todos possuem uma cápsula feita de proteína, onde fica o material genético desses seres. Esse material genético sofre modificações, ou seja mutações, com frequência, levando ao surgimento de variedades (subtipos) de um mesmo vírus.

Isso dificulta o seu combate e compromete a eficiência de várias vacinas, que são preparadas para combater tipos específicos de micro-organismo. A capacidade de sofrer mutações genéticas é uma das características que os vírus têm em comum com os seres vivos.

Além das vacinas e da ação dos nossos próprios anticorpos, também devemos agir de forma preventiva através da higiene pessoal e claro do tema do trabalho que é a Sanitização.

Sanitização é o termo biológico ou medicinal utilizado para o serviço de desinfestação que reduz o número de contaminantes bacterianos ou virais em níveis relativamente seguros. Significa também, reduzir micro-organismos, vírus e bactérias, críticos a saúde pública em níveis consideráveis seguros, com base em parâmetros estabelecidos, sem prejudicar a qualidade do produto e sua segurança.

Quando falamos em desinfectar, o termo não se enquadra para o vírus, pois significa inativar fungos e bactérias em superfícies rígidas. Para tal utiliza-se produtos que não alcançam os vírus. Agora que já temos o conhecimento básico de vírus, Sanitização, vamos entender que produtos podemos utilizar e de forma operacionalizar a atividade.

Àcido Peracético (PAA) – Trata-se de um sanitizante eficaz, porém funcionam bem para utilização em temperaturas frias (4C), são menos corrosivos e concentrado pode apresentar perigo para a segurança.

Amônia Quaternária – Compostos de amônia quaternária (CAQs) são surfactantes catiônicos altamente tóxicos contra microorganismos (fungos, bactérias e vírus) e por isso, são conhecidamente agentes com ação biocida. São bastante utilizados por diversos ramos da indústria farmacêutica alimentícia e etc, como desinfestantes ou sanitizantes .

Geralmente são inodoros, não mancham, não são corrosivos e relativamente não tóxicos ao homem. Funcionam bem em uma ampla faixa de temperatura e de PH, embora a atividade e eficácia seja maior em temperaturas mais quentes e em situações alcalinas.

Para fins de legislações a RDC35/2010 é a indicada. Devemos consultar a Fispq dos produtos e observar as instruções de dosagem e a utilização dos EPI’s ou a relação mínima de EPI que está disponível no Anexo da RDC nº 56 de 06 de agosto de 2008 e Protocolo nº 08.

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Os equipamentos à serem utilizados podem ser pulverizadores, atomizadores (elétricos ou motores), jateadores, pulverizadores portáteis , utilização de panos para superfícies e maçanetas. Atentar para utilização de equipamentos indicados para cada local.

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Os locais de aplicação são geralmente: paredes, tetos, pisos, mesas, maçanetas, braços de cadeiras, teclados, ou seja qualquer lugar que o homem puder tocar e possivelmente se contaminar, ao levar as mãos ao rosto.

A importância da limpeza do local

Orientar ao cliente sobre a importância de Proceder uma limpeza mecânica prévia da área e retirar os resíduos do local previamente a realização da sanitização.

Limpar as superfícies de toda área contaminada, bem como as superfícies potencialmente contaminadas, tais como cadeiras/poltronas, cama, corrimãos, maçanetas, apoios de braços, encostos, bandejas, interruptores de luz e a, controles remotos, paredes adjacentes e janelas, com produtos autorizados para este fim.

Lembrar que o uso de luvas não substitui a higiene adequada das mãos com água e sabão; O uso de álcool gel 70% é pertinente após higiene adequada das mãos, normas ou orientações de segurança: Após o procedimento de limpeza e desinfecção, nunca tocar desnecessariamente superfícies, equipamentos, utensílios ou materiais, enquanto estiver com luvas, para evitar a transferência de microrganismos para outros ambientes e pessoas.

 Fonte: ANVISA - Procedimento de limpeza e desinfecção de ambientes.
Procedimento de limpeza e desinfeccao de ambientes - Pragas e Eventos
Procedimento para colocacao de EPIs - Pragas e Eventos

Grupo técnico ABCVP (Associação Brasileira de Controle de Vetores e pragas)

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One thought on “Desmistificando a Sanitização

  1. · 01/04/2020 at 14:05

    Importante ressaltar que podem ser usados atomizadores porém regulados com vazão suficiente para molhar a superfície tratada. Já vi aplicações serem feitas com regulagens idênticas às usadas para UBV espacial. isso não resolve nada. Outra coisa: produtos sanitizantes de uso veterinário ou para outros fins que não o uso para desinfecção de ambientes urbanos (já vi “empresas” se vangloriando de ter usado algicida de piscina a base de quaternário de amônia). Recomendo aos colegas de ramo que busquem conhecimento nesse momento tão difícil.