O combate propriamente dito – Tudo Sobre Ratos Parte 10

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Tudo Sobre Ratos Parte 10 - Pragas e Eventos

Com esta postagem encerramos o assunto Ratos. Ao final desta esta a bibliografia referente ao assunto em todas postagens.

O combate aos ratos, independentemente do local onde este vai se realizar: unidades armazenadoras, aviário, suinocultura, restaurante, hotéis, supermercados, residências, frigoríficos e qualquer outro segue as seguintes etapas:

  1. O rato tem que encontrar a isca;
  2. O rato tem de comer a isca;
  3. O rato tem de morrer.
1 - Pragas e Eventos

Inicialmente devemos considerar que todas as unidades deverão ser alvo de combate, pois se deixarmos alguma sem realizar o combate, esta poderá comprometer todo o processo, pois ali poderá estar se desenvolvendo uma população importante de ratos.

Da mesma forma devemos considerar que o combate deverá ser realizado não apenas nas áreas internas, mas também nas externas, pois muitas vezes os ratos fazem seus ninhos do lado de fora indo ao interior das unidades para procurarem alimentos.

Também devemos observar, caso esteja sendo feito algum combate, se a quantidade de isca usada é suficiente para a população presente.

Uma das formas de sabermos isto, é, se ao colocarmos iscas verificarmos que, nas vistorias feitas semanalmente, observarmos que estas estão sendo consumidas integralmente. Por outro lado, saberemos que o controle foi obtido, ao observarmos que o raticida deixou de ser consumido.


Primeira Etapa

2 - Pragas e Eventos
Não existe uma fórmula mágica para o rato encontrar e comer a isca raticida. Existem técnicas para que o combate se torne eficaz, eficiente e efetivo.

EFICAZ é quando o objetivo proposto é realizado. As alternativas para este processo é sim ou não. Ou seja, o objetivo proposto foi conseguido ou não.
Por exemplo, o combate aos ratos terá sido eficaz se tivermos conseguido reduzir sua população, ou seja, tivermos conseguido combate-lo. Se não foi conseguido não terá sido eficaz.

Se ele não foi eficaz então não terá sido eficiente e muito menos efetivo.

Para sabermos se ele foi eficaz precisamos saber se houve ou não redução populacional com o método aplicado (já visto em postagem anterior).

O combate terá sido EFICIENTE se a ação teve o mínimo de perdas e/ou desperdício. É uma questão de custo/benefício. É uma relação entre os resultados obtidos e os recursos empregados.

É a qualidade de fazer com excelência, sem perdas ou desperdícios (de tempo, dinheiro ou energia), que chega ao resultado com qualidade, com competência, com nenhum ou com o mínimo de erros. É como os recursos são convertidos em resultados de forma mais econômica.

A eficiência tem uma graduação, uma ação pode ser mais eficaz que outra. Já a eficácia não, ela acontece ou não. Se conseguiu o combate ou não. Ela se relaciona a situações onde não cabe uma graduação como o conserto de um pulverizador (ele está consertado ou não).

Mas posso ter um pulverizador que funcione melhor que outro: um atomizador regulado para pulverizar com residual é mais eficiente no combate dentro de uma residência que um pulverizador simétrico. Ou seja, o atomizador é mais eficiente que o simétrico.

Já numa pulverização externa um pulverizador simétrico poderá ser mais eficiente que o atomizador em função de se reduzir a perda por gerar gotas maiores. Mas também posso ter com o mesmo atomizador uma eficiência se comparar o tamanho de gotas geradas (já visto em postagem anterior).

Para um combate a ratos ser eficiente, primeiro ele tem de ser eficaz.

João e Pedro foram fazer um teste de eficiência no combate a ratos dentro de dois supermercados exatamente iguais em tamanho, produtos exposição, organização do depósito, caminho do lixo, depósito e recolhimento do lixo, horário de funcionamento, mesmo tamanho de área livre e construída, mesmas características de entorno, etc.

Os dois fizeram o teste no mesmo dia e horário.

Ao final do teste João levou 4 horas de trabalho e gastou R$ 200,00 em produtos e Pedro levou 5 horas para executar a atividade e gastou R$ 215,00.

Isto significa que João foi mais eficiente que Pedro. Parte-se do pressuposto que ambos foram eficazes porque conseguiram combater os ratos, mas João foi mais eficiente que o Pedro porque além de conseguir combater os ratos ele o fez em menos tempo e gastou menos.

EFETIVO, EFETIVIDADE refere-se a fazer o que foi solicitado (Eficácia) com qualidade (Eficiência). Qualidade do que atinge os seus objetivos.

Este conceito engloba os dois anteriores, acrescido da qualidade.

No exemplo acima podemos dizer que João foi efetivo e Pedro não.

A avaliação de um serviço prestado está em saber qual o comportamento destes três fatores, ou seja, avaliar o Planejamento Estratégico.  Por isto tenho que ver qual fornecedor me entrega o mesmo produto mais barato. Qual empresa tem o mesmo ativo mais barato. Qual a qualidade do produto ofertado. O treinamento do pessoal de campo. Qual melhor formulação a ser usada.

Para o rato encontrar a isca esta deverá ser colocada em locais onde haja a maior probabilidade de ser encontrada. Assim sendo deveremos procurar por vestígios deixados por eles e colocar as iscas nestes locais.

Dependendo do local onde estivermos trabalhando alguns locais, mesmo que não apresentem vestígios deverá ser iscado pelos riscos existentes, como por exemplo: quadros de comando em unidades armazenadoras e hospitais, balanças em unidades armazenadoras.


comando - Pragas e Eventos
3a - Pragas e Eventos

Por outro lado, tem locais onde a colocação de iscas não é indicada como, por exemplo, junto a alimentos com os quais os ratos já tenham alguma identificação. Lembrem-se que quanto mais um rato come um determinado alimento, mais células sensoriais para este gosto são criadas passando a ter preferência por estes.

Além disto, como já vimos em postagem anterior, quando um rato se alimenta, resíduos deste ficam no focinho e seu odor é exalado. Desta forma outros ratos que tem contato com este procurará ingerir o alimento com este cheiro.

Por esta razão iscas deverão ser colocadas junto aos sinais existentes, mas distantes dos alimentos, no local de combate.

Vamos procurar em toda área, interna e externamente vestígios: trilhas, estas são identificadas na grama pelo movimento de ir e vir que acaba deixando a grama marcada. Pode ser também pelas marcas de gordura deixadas nos locais por onde passam arrastando seu corpo.

Roeduras, fezes, urina (pode ser identificada se, no escuro, acendermos uma luz UV – luz negra, onde a urina será identificada pelo brilho emanado), tocas, pegadas, presença do rato.




Segunda Etapa

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Nesta etapa o rato precisa comer a isca. Para isto ela precisa ser atrativa. Atrativa significa não ter odor estranho que possa causar refugagem.

Não existe isca com atrativo outro que não seja(m) o(s) grão(s) de sua formulação. Alguns fabricantes inescrupulosos dizem que seu raticida tem atrativos especiais como feromônios o que é mentira, pelo menos até agora.

Devemos lembrar que os ratos tem marcadores olfativos na forma de sensores nervosos que se originam pelos odores do ambiente onde ele se encontra e ficam armazenados no bulbo olfatório.

Quanto mais ele cheira um determinado objeto ou alimento mais informações sensoriais para este objeto ou alimento são produzidas.

Os ratos são tão habilidosos que precisam de meros 50 milissegundos para decidir de onde vem o odor escolhendo aquele que seja mais conhecido.

Eles escolhem o lado certo com 80% de precisão visto que cada narina, como já vimos em postagem anterior, percebe odores de locais diferentes. Ou seja uma narina percebe o odor de um lado e a outra percebe outro odor de lado diferente.

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Boa parte da informação adquirida por um rato sobre o mundo vem de seu olfato. Eles têm um sistema melhor de captação dos odores e conseguem perceber uma quantidade maior de substâncias diferentes no ar.

Marcar com cheiro tem um importante papel na territorialidade de muitas espécies, e a territorialidade pode afetar o controle destes ratos.

Odores tem importante papel na biologia dos ratos produzidos na urina, fezes e secreções de glândulas apócrinas e sebáceas (p.ex. costas, prepúcio, olhos).

Pesquisadores indianos descobriram que basta uma cheirada para que um rato localize a fonte do aroma.

Boa parte da informação adquirida por um rato sobre o mundo vem de seu olfato. Eles têm um sistema melhor de captação dos odores e conseguem perceber uma quantidade maior de substâncias diferentes no ar.

É tão eficiente, que usam odores para se comunicar. Quando um rato solta aquela gotinha de xixi em você, ou em alguma coisa a sua volta, é como se estivesse rabiscando um “passei por aqui.

Também, é capaz de deixar “mensagens” para outros ratos, do tipo não entre, estou no cio, é meu. Ratos fazem um pouquinho de xixi em quem eles gostam. É como se avisassem “esse rato é meu amigo”. Para saber quem é amigo de quem, basta cheirar.

Yoshihito Niimura, pesquisador do Departamento de Química Biológica Aplicada da Universidade de Tóquio, juntamente com seus colegas Atsushi Matsui e Kazushige Touhara, explica que cada animal tem uma quantidade de genes receptores olfativos (OR) que determinam o quanto eles podem cheirar.

Os ratos são animais com grande quantidade de genes olfativos 1.207 OR (gens receptores olfativos) — o que lhes confere uma alta sensibilidade olfativa pelos inúmeros marcadores sensoriais que ficam armazenados em seu bulbo olfatório, inclusive para alimentos — enquanto o ser humano tem ao redor de 396 OR.

Os camundongos possuem 1.130 OR. Ele tem uma dieta bem variada, por isso é compreensível que estes animais, ratos e camundongos, embora muito pequenos, tenham um forte senso olfativo.

A construção celular e molecular do epitélio olfatório depende de instruções genéticas e também se altera conforme a experiência de vida. A novidade é que o órgão sensorial é modificado pelo ambiente. Quanto mais um odor é percebido mais gens olfatórios para este dor é produzido como já discutimos em postagem anterior.

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Algumas espécies respondem naturalmente aos odores de predadores, e estudos laboratoriais de ratos e camundongos revelam uma habilidade muito grande em diferenciar odores muito próximos. Marcar com cheiro tem um importante papel na territorialidade de muitas espécies.

Camundongos e ratos domésticos tem um sistema altamente desenvolvido de marcar com cheiro que é capaz de encontrar sua trilha em total escuridão. Vivem em grupos familiares territoriais nos quais os pais e seus descendentes adultos são marcados com urina.

Este sistema de marcar todos os objetos em seu ambiente lhe permite perceber, através do focinho, em total escuridão, caminhos e alimentos pré-marcados com urina, como também alimentos ainda não marcados.

O marcar com sua urina alimentos é para facilitar seu encontro. Quando um rato encontra um alimento ele urina sobre ele para marcar com seu odor. Ao voltar para o ninho vai urinando pelo caminho marcando-o. Assim nas vezes em que for buscar alimentos ele segue o cheiro deixado. Por isto se desloca rapidamente em seu ambiente pois seu odor está distribuído pelo local facilitando, também sua fuga e a busca por esconderijos.

E com isto ele vai deixando trilhas por onde passa.

Quando um rato come um alimento odores deste ficam no seu focinho e quando outro rato entra em contato este odor é percebido facilitando a ingestão deste quando encontra-lo. Este odor fica em sua memória.

Esta é uma das razões de que não se deve ficar trocando de raticida a toda hora.

Entretanto, pode um raticida ter um odor desagradável e ele o rejeita e cada vez que sentir este odor não irá ingerir o raticida.

Também deve-se ter cuidado na escolha do raticida pois sua formulação não sendo agradável ao paladar não será ingerido e poucos sensores olfativos serão produzidos.

Da mesma forma deve-se ter cuidado ao se armazenar os raticidas para que não adquira odores estranhos aos ratos ocasionando refugagem.

Por outro lado é interessante misturar um alimento do ambiente ao qual o rato esteja acostumado, ao raticida o que vai aumentar a ingestão, ou seja podemos palatabilizar o raticida com estes alimentos ou também com essenciais como baunilha que é extremamente atrativo.

Só é proibido misturar raticida em pó com algum tipo de alimento (Na RDC 326 de 2005/ANVISA, estão proibidos os rodenticidas à base de alfanaftiltiouréia (ANTU), arsênico e seus sais, estricnina, fosfeto metálico, fósforo branco, monofluoracetato de sódio (1080), monofluoroacetamida (1081), sais de bário e sais de tálio. Ainda não são permitidas formulações líquidas, premidas ou não, em pastas, pós solúveis, pós molháveis E ISCAS EM PÓ).

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Isto quer dizer que não posso misturar raticida em pó com alimentos, mas posso misturar outras formulações com alimentos.

O paladar reflete as preferências e o reconhecimento alimentar, afetando a eficácia dos pontos de iscagem. A incapacidade dos roedores de perceberem certos compostos em concentrações que são percebidas pelo homem (p.ex. benzoato de denatonium) é usada para dar segurança aos raticidas atuais por força de legislação.

Alguns trabalhos dizem que apresentam um paladar muito apurado sendo capazes de detectar facilmente alguns compostos tóxicos em níveis muito baixos (0,5 ppm), razão pela qual algumas substâncias altamente letais são facilmente percebidas.

Mas não é bem assim. Isto acontecerá desde que ao ingerir este produto não ingeriu em dose suficiente para mata-lo, mas causando um certo mal estar e isto fica marcado na memória como causa e efeito e quando perceber este odor novamente, não irá ingerir.

Sua memória para gosto é extraordinária e uma vez experimentado certo sabor dificilmente ele será mascarado. É esta característica a responsável pela não aceitação ou ingestão de doses subletais de certas iscas raticidas que eventualmente tenham lhe causado mal.

A palatabilidade é, provavelmente, uma combinação dos sentidos visuais, olfatórios e gustativos.      

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De todos os componentes da biologia dos ratos seu comportamento alimentar – o que, quando, onde , porque e quanto ele come – é o mais importante sob o ponto de vista prático.

Suas preferência alimentares são influenciadas pela experiência, as quais podem ter sido apreendidas de outro.

Ratos e ratazanas geralmente se alimentam em 3 ou 4 períodos podendo, estes períodos, tendem a ser mais frequentes no início e final da noite.

Machos subordinados concentram sua alimentação nas primeiras horas do dia, presumivelmente para evitar os dominantes que se alimentam preferencialmente na escuridão.

Geralmente os ratos são desconfiados de alimentos estranhos fazendo-os evitar em um local em que não se esperava, e continuar a tratar com cuidado por um tempo variável ou não. Também depende da fome. Além disso quando um rato se torna suficientemente desconfiado para experimentar um novo alimento, ele poderá comer apenas uma pequena quantidade da sua necessidade normal.

Daí vem a diferença na escolha do raticida – sua DL50 -. Quanto menor melhor pois mesmo ingerindo uma pequena dose já terá o efeito desejado o que não acontecerá com raticidas com alta DL50.

Se ele se sentir doente dentro das próximas 16 ou poucas horas mais, ele associará a doença com a ingestão da nova comida e não a ingerirá de novo, refungando-a.  Esta aversão é comumente encontrada quando se usa venenos agudos que atuam dentro de poucas horas, desde que não tenha ingerido a dose letal, mas sentiu-se mal após a ingestão.

Uma das principais razões para o sucesso dos anticoagulantes reside na demora de vários dias entre a ingestão da isca e o início dos sintomas, isto previne a associação entre isca-envenenamento e o desenvolvimento de rejeição à isca.

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Alimentos ingeridos por um companheiro da mesma colônia são percebidos pelos demais através da respiração, por restos que ficam aderidos ao focinho ou nos lábios ou ainda o cheiro impregnado nos lábios, então seus companheiros vencerão mais rapidamente a neofobia ficando com este odor guardado na memória e ao encontrar alimentos com o mesmo odor o ingerem sem neofobia o que acarretará um recrutamento de ratos para a nova comida.           

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Entretanto, ratos também aprendem com a desgraça de outros e se um rato encontra uma nova comida e então encontra um rato morto ao lado desta, ele desenvolverá aversão a esta nova comida sem ingeri-la.

Camundongos não são neofóbicos mas se alimentam esporadicamente. Isto significa que eles podem se alimentar em 20 – 30 diferentes locais em cada noite preferindo alimentos novos ao invés dos mais antigos e podem ser considerados neofílicos.

O efeito prático deste tipo de comportamento alimentar  é que o camundongo, como os ratos, ingerirão somente pequenas quantidades de isca envenenada de um novo ponto de iscagem.

Assim sendo, para as duas espécies, um grande número de pequenos pontos de iscagem é desejável, não somente para vencer grupos territorias, mas também para aumentar a probabilidade de indivíduos encontrar uma isca.        

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Talvez seja vantajoso mudar os pontos onde foi feita iscagem, não tocados ou envelhecidos, para faze-los parecer novos, não pelo aspecto visual que não interfere em nada, mas é que alimentos mais velhos adquirem determinados odores e sabores que possam causar refugagem.

Tanto ratos como camundongos são omnívoros se alimentando de alimentos frescos ou deteriorados, de origem animal ou vegetal. Ratazana e rato de telhado podem matar pintos, leitões e insetos para se alimentar. Gostam de cereais, sementes, farinhas, frutas, leguminosas, esterco humano e animal. Podem ingerir alimentos secos ou úmidos e isto altera sua dieta hídrica.

O lixo oferece uma abundante dieta balanceada e satisfazem suas necessidade de água.

Tem uma necessidade maior de alimentos proteicos na época da reprodução, principalmente as fêmeas.

Ratos de telhado, se puder escolher preferem alimentos de origem vegetal.

As ratazanas adultas requer ao redor de 15 a 30ml de água por dia quando se alimenta de alimentos secos menos quando come alimentos úmidos. Os ratos de telhado podem viver de cereais por grande períodos de tempos sem água.

Em trabalho realizado pela Universidade Federal de São Paulo de 04 de julho a 10 de setembro de 1989 em área externa atrás do prédio da Zoologia procurou-se avaliar a neofobia e periodicidade nictemeral (o tempo que compreende 24 horas, ou seja, um dia e uma noite) em ratazanas.

Este local foi escolhido  pela grande quantidade de tocas pois ali estava o biotério.

Todo o período foi filmado e analisado. Usou-se como isca o calciferol (vitamina D cuja DL50 para ratos é de 16,8 mg/kg) que é tóxico em doses altas pela elevação do Ca sanguíneo. Os sintomas surgem de 2 a 3 dias após a ingestão.

O experimento foi realizado por 68 dias mas o acompanhamento, não sequencial, foi apenas por 45 dias.

Convém observar que este produto não é liberado, pela Anvisa, para uso rotineiro de combate a ratos. Mas este é um caso experimental e desta forma é permitido.

Os resultados deste trabalho só têm validade prática quanto à biologia comportamental e não pelos resultados de eficácia, ou seja, de mortalidade.

Nos primeiros dias os ratos nem se aproximavam da bandeja mostrando alta neofobia que foi diminuindo aos poucos.

As iscas foram colocadas no dia 04 de julho e começaram a comer no dia 11 de agosto, ou seja, levaram 38 dias para começar a ingerir a isca.

Inicialmente ingeriram alimentos fora da bandeja por ação de pássaros o que mostra maior neofobia à bandeja que à isca. No dia seguinte começaram a se alimentar normalmente na bandeja.

Nos primeiros 9 dias de observação o consumo foi pequeno aumento significativamente após o 10º dia de observação até o 22º dia de observação reduzindo drasticamente até o 36º dia havendo um pequeníssimo consumo até o 45º dia de observação ou 68º dia do experimento gravado.

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Esta redução de consumo é esperada pela morte de ratos, a tendência esperada é sempre esta: sem consumo, aumento de consumo e redução de consumo podendo chegar a não haver mais consumo.

A atividade aumentava a partir do por do sol com um pico 4h caindo logo depois e permanecendo inativos durante o dia.

Nesta segunda etapa do trabalho observou-se consumo por 9 dias com 21 frequências mas apenas 6 foram noturnas mostrando que este grupo era mais ativo de dia e um consumo menor.

No gráfico abaixo temos os 45 dias de observação onde no início não havia consumo, foi aumentando do 8º dia até o 22º dia quando o consumo reduziu significativamente por 14 dias quando retornou o consumo, a partir do 37º dia, mas em menor quantidade e frequência até o 45º dia quando se encerrou o estudo (68º dia).

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O leve aumento na frequência após o 37º dia em seguida aos 14 dias sem nenhum consumo pode ser assim explicado: Pode ter havido migração de ratos vindos de alguma colônia próxima ou pode ser que estes sejam subordinados vindo a se alimentar após a morte dos dominantes tanto é que eles eram menores que os do primeiro grupo.

Mas, também pode ser que sejam jovens adultos que tenham abandonados seu grupo para criar sua própria família e estavam migrando em busca de comida e por isto também seriam menores.

Quanto maior o consumo noturno menor será o diurno. Ou seja, se por alguma razão dominantes não conseguira fazer a ingesta necessária à noite eles procurarão complementar durante o dia.

Após termos realizado a iscagem em todos os locais previamente determinados não repomos isca antes de uma semana. As demais iscagens deverão ser realizadas num intervalo de uma semana. Não devemos repor iscas diariamente por estarmos trabalhando com um raticida de dose única e porque os ratos levam de dois a três dias para começarem a sentir os efeitos da intoxicação, vindo a morrer ao redor de sete dias.

As demais iscagens necessitarão de bem menos iscas. Estas serão recolocadas naqueles locais onde houve consumo total. Nos locais onde, durante as três semanas, não houve consumo, o produto não deverá ser eliminado e sim usado em outros locais onde o consumo é mais intenso.

Da mesma forma, os blocos que tiverem sido roídos deverão continuar no local até seu completo consumo ou mudados de local se o consumo deixar de ocorrer.
O combate terá melhor resultado se observarmos alguns detalhes como o fato de que um rato esfomeado ou com sede terá menos receio à isca.


Terceira Etapa

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E por último o rato tem de morrer.

Esta etapa compreende a aplicação de um raticida anticoagulante de dose única e medidas de anti-ratização.

Os raticidas anticoagulantes são letais para todas as espécies de ratos e camundongos. A diferença entre eles é a DL50, que significa a quantidade de um determinado produto necessário e suficiente para matar 50% da população exposta.

Desta forma, raticidas que tem baixa DL50 poderão ser consumidos em menor quantidade para fazer o mesmo efeito que outros que apresentam alta DL50.Não quer dizer que não vão matar os ratos, vão, mas eles terão que ingerir uma quantidade maior de produto comercial, em média cinco vezes mais conforme mostra o quadro abaixo.

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Um rato precisa ingerir apenas 1,4 g de formulação comercial à base de brodifacoum para morrer e que a dose letal para camundongo é de 0,2 g. Esse efeito de uma só ingestão obtida, o torna adequado para instalações onde os ratos se alimentam em vários lugares, mas nunca em apenas um por muito tempo. Por outro lado a técnica de aplicação deste tipo de raticida (a cada 07 dias) permite economia de raticida, mão de obra e tempo.

Lembrar que a DL50 analisada é para ratos. Verificamos no quadro abaixo que animais domésticos são bastante resistentes ao brodifacoum que é o ativo com a menor DL50 existente no mercado.

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Na medida em que os ratos se sentem mais seguros ingerindo alimentos em locais mais protegidos, uma das formas de melhorar o controle é colocando a isca raticida, principalmente a granulada, dentro de pedaços de canos de PVC de 75 mm ou em caixas porta isca já projetadas para este tipo de situação.

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Manejo Ambiental

O manejo ambiental é a última atividade a ser desenvolvida para evitar que os ratos percebam que seu ambiente foi alterado. Assim organizamos sacarias e caixas em estrados e afastados das paredes e entre si por pelo menos 25 cm; manter uma área de, pelo menos, 1 metro ao redor dos galpões sem vegetação alguma; não deixar piso quebrado e vegetação alta; pedras; madeiras e entulhos amontoados.

Manutenção

Finalmente passamos a entrar na fase de manutenção ou vigilância. Ou seja, periodicamente retornamos aos locais iscados anteriormente e marcados nos croquis, verificando se houve retorno de ratos. Ou seja, se voltaram a aparecer tocas ativas; fezes ou trilhas novas.

Em caso positivo re-iscamos estes locais e recomeçamos todo o processo. Com a diferença de que agora o controle será puntiforme e não na forma de campanha, ou seja, vamos iscar apenas nos locais onde os vestígios voltarem a aparecer.

Para isto faz parte do manejo a retirada de tosos vestígios existentes como fezes, tapar as tocas, desfazer as trilhas, lavar as marcas de urina, etc.

As pessoas também deverão ser orientadas a que, caso apareçam ratos, informem ao setor competente para que o controle seja realizado.  Esta é a etapa mais importante, pois se deixarmos a população de ratos retornar aos níveis anteriores todo nosso trabalho e dinheiro investido terá sido perdido.

Alguns locais como fontes de alimentos são locais onde deveremos ter iscas sempre, por serem locais preferentemente visitados pelos roedores, mas em locais longe dos alimentos por causa da competição.

Muitas vezes não obtemos o sucesso almejado e deveremos analisar a situação para verificarmos onde erramos e reorganizar a metodologia.
Podemos avaliar este insucesso de duas formas:

(a) Primeira situação:

  • As iscas estão sendo aceitas, mas não há controle:
    • A iscagem não foi mantida por tempo suficiente,
    • Há mais ratos que iscas,
      • Iscas consumidas demoram para serem repostas (intervalo maior que 10 dias),
      • Iscas estão sendo colocadas muito próximas, de tal forma que boa parte da colônia não tem acesso,
      • Área tratada é pequena demais, permitindo que ratos de colônia adjacentes, não tratadas, invadam o território deixado vago pelos ratos eliminados.

(b) Segunda situação:

  • As iscas não estão sendo consumidas:
    • A escolha da isca foi imprópria ou é de baixa qualidade,
    • Outras fontes de alimento,
    • Iscas em locais inadequados,
    • Iscas estragadas (fermentação, umidade, azedamento),
    • Iscas adquiriram cheiro ou gosto desagradável,
    • Qualidade baixa da isca que o roedor detectou.                                   
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Etapas da Desratização

Aqui se faz necessário uma parada nestas reflexões para vermos o que fazer. O que devemos fazer é combater os ratos de uma forma sistemática e permanente seguindo um fluxo de ações:

  1. Como são empresas fiscalizadas pelo Ministério da Saúde o controle só poderá ser realizado por uma empresa especializada. Estas poderão realizar e ter inscrito em seu MBPO e POP as ações físicas de combate mas não a química.
  2. Se a empresa for fiscalizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o controle poderá ser feito por uma desinsetizadora ou autocontrole. Neste caso lembrar que os funcionários que irão trabalhar neste programa deverão ter esta atividade inscrita em seu contrato funcional.
  3. Entretanto o RT da empresa deverá organizar um MBPO e POP sobre o controle de sinantrópicos onde estará incluído o controle de ratos conforme a legislação vigente.
  4. O RT da empresa deverá ser conhecedor deste processo pois precisará acompanhar a prestação de serviço uma vez que ele é legalmente corresponsável por qualquer problema que venha a ocorrer e portanto deverá evitar que estes venham a ocorrer.
  5. Nestes manuais o RT poderá colocar que o controle somente será feito através de meios físicos. Desta forma a própria empresa poderá fazê-lo.
  6. Caso inclua o controle químico então deverá contratar uma empresa especializada, exceto para empresas fiscalizadas pelo MAPA e demais setores como Secretaria Estadual e Municipal da Agricultura.
  7. Levantamos todos os problemas existentes e que serão repassados para os diferentes grupos de trabalho a fim de que sejam resolvidos. Entretanto estas ações só poderão ser realizadas após o controle ter sido obtido. Mas os grupos já poderão ir se organizando para ver quais as melhores ações a serem desenvolvidas para cada problema identificado.
  8. Repassar informações de o que será feito e como os funcionários poderão ajudar na realização das diferentes atividades através de reuniões. Poderão usar cartazes, folders, etc.
  9. Visitar todos os diferentes locais identificando os sinais da presença de ratos a fim de que possamos realizar as iscagens de forma correta (roeduras, trilhas, fezes, tocas e a própria visão dos ratos).
  10. Colocar todos estes sinais e problemas em uns croquis com legendas.
  11. Usar raticida granulado ou semente de girassol nos locais secos e internos. Nas áreas externas, internas úmidas e altas usar bloco parafinado, extrusados ou resinado.
  12. Anotar nos croquis todos os pontos iscados.
  13. Retornar, após sete dias, verificando onde houve consumo e repor as iscas. Anotar nos croquis com a data.
  14. Fazer isto até que não haja mais consumo das iscas, o que significa que o controle foi obtido.
  15. A partir deste momento começamos a realizar o manejo ambiental. Fechar todas as tocas com terra; recolher todas as fezes; esconder as trilhas; realizar capina; dar um destino adequado ao lixo; orientar que a coleta de lixo seja realizada no final da tarde e não na parte da manhã para evitar que o lixo seja colocado à noite momento em que os ratos saem à procura de alimentos e todas as ações que possam dificultar a vida dos ratos; organizar materiais; etc.
  16. É importante manter a empresa informada dos resultados obtidos. Isto aumenta a motivação da todos na continuação do processo.
  17. Mapear todos estes sinais em um croquis da área para ajudar nas iscagens posteriores.
  18. Identificar, também em toda a área, o que deverá ser consertado e reorganizado para ajudar a melhorar o controle, são as medidas de anti-ratização. O que deverá ser feito apenas após o controle ter sido obtido.
  19. Se organizarmos o ambiente antes do controle correremos o risco de não conseguir realizá-lo uma vez que eliminaremos todos os vestígios que nos orientarão onde colocar a isca. Por outro lado o rato percebendo esta alteração no ambiente fará novos caminhos na busca de alimentos, pontos de fuga, etc.
  20. Desta forma teríamos que esperar certo tempo até que novos sinais sejam deixados nos orientando onde realizar a iscagem.
  21. O controle físico é baseado na utilização de medidas que visam a impedir a entrada de ratos às instalações. Na prática significa não ter aberturas que ratos ou camundongos possam penetrar; isto é, construções à prova de ratos. É uma tarefa árdua uma vez que camundongos podem atravessar uma abertura de 12 mm e ratos jovens, orifícios de 14 mm.
  22. As edificações à prova de ratos devem ser sólidas, sem ocos nem grandes fendas e ter alicerces de concreto. Todos os orifícios devem ser protegidos por telas metálicas de 6 mm. Todas as portas, janelas e grades de ferro devem ser bem ajustadas e todos os orifícios por onde passam tubulações, através de paredes externas, devem ser fechadas com cimento ou chapas metálicas.
Dr. Ricardo Soares Matias

Escrito por

Ricardo Soares Matias

Médico Veterinário MSc – CRMVRS – 1968
Consultor em Gerenciamento de Sinantrópicos
Credenciado pela Aliança Internacional de HACCP (APPCC)
Instrutor SENAR RS e SESCOOP RS, SC e PR
Especialista em Atenção Primária de Saúde/Saúde Comunitária

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Bibliografia

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