Empresa que reduziu infestação do Aedes aegypti em 90% ganha licença no Paraná

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Aedes aegypti combate jacarezinho Foto Marcos SantosUSP Imagens - Pragas e Eventos
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Instituto Ambiental do Paraná (IAP) concedeu a Licença de Operação para a empresa Forrest Brasil atuar no combate ao mosquito Aedes aegypti em Jacarezinho, no Norte Pioneiro. Um projeto-piloto realizado durante sete meses estimou uma redução de aproximadamente 90% na infestação do mosquito transmissor da dengue e de outras doenças.

Após os resultados iniciais, a empresa pretende ampliar o projeto. “A metodologia inédita usada em Jacarezinho teve sua eficiência comprovada e receberá a licença de operação que possibilita expandir o projeto”, afirma a bióloga do IAP, Marcia de Guadalupe Pires Tossulino.

Com a Licença de Operação para o laboratório no Norte Pioneiro, a empresa recebe também autorização para levar o laboratório móvel para outros municípios.

O processo de licenciamento incluiu três etapas.

A primeira aprovou a instalação de um laboratório em Jacarezinho. Depois, foi concedida a autorização para os testes com a soltura do mosquito Aedes aegypti. Isso foi feito para que pudesse ser avaliada a eficiência do método. A terceira fase correspondeu à homologação da Licença de Operação.

“Além da Licença Ambiental do laboratório em Jacarezinho, a Forrest receberá uma licença para levar o laboratório móvel para outros municípios. Para que isso seja possível, será necessária uma autorização do IAP para o transporte do laboratório móvel sempre que isso acontecer”, explica a bióloga.

Os testes em Jacarezinho foram aprovados. Os resultados estão sendo apresentados para outras cidades do Brasil.

“Os dados comprovam que a tecnologia, aliada ao trabalho de educação e conscientização da população, contribuiu para a redução significativa dos índices de infestação do Aedes aegypti”, defende a diretora da Forrest Brasil Elaine dos Santos Paldi.

“Agora mostramos esses resultados para autoridades de outras cidades que enfrentam o mesmo problema e buscam soluções sustentáveis para combater a dengue e outras doenças relacionadas a esse mosquito”, finaliza.

Projeto-piloto contra o Aedes aegypti

O projeto inicia foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A tecnologia dispensa o uso de inseticidas.

“Foram sete meses de soltura sistemática de mosquitos machos estéreis, totalizando 12 milhões de mosquitos, que resultaram em reduções significativas no número de mosquitos e consequentemente nos casos de dengue, na região do Aeroporto, em Jacarezinho. A técnica natural consiste em esterilizar mosquitos machos e soltá-los na natureza, explica a coordenadora do projeto, Lisiane de Castro Poncio.

“Como a fêmea copula uma única vez durante a vida, se a cópula for com um macho estéril então não haverá descendentes. Já se a cópula acontecer com um macho não-estéril, uma fêmea pode gerar até 500 ovos”, conclui.


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