Fiocruz intensifica ações contra o ‘Aedes aegypti’ na Zona Norte do Rio

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Ação. Monitor da Fio Cruz realizando soltura de “Aedes aegypti” com “Wolbachia” no Jardim América Foto: Divulgação / Fiocruz

RIO — Em meados de janeiro, quatro novas áreas da Zona Norte começaram a receber os Aedes aegypti com a Wolbachia, bactéria do World Mosquito Program (WMP) aliada no combate a dengue, Zika e chicungunha: Complexo da Maré, Jardim América, Parada de Lucas e Vigário Geral.

O WMP é uma iniciativa global de combate às doenças transmitidas por mosquitos que, no Brasil, é conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Na Maré a liberação está sendo feita por Agentes de Vigilância em Saúde (AVS) durante 16 semanas. Os agentes percorrem essas áreas a pé, carregando tubos plásticos transparentes com os mosquitos, que serão liberados nas vias públicas. Nos bairros de Jardim América, Vigário Geral e Parada de Lucas a liberação é realizada também por técnicos da Fiocruz.

— Diversos fatores influenciam o estabelecimento da população de Aedes aegypti com Wolbachia no campo, tais como a geografia do local, a temperatura, as chuvas e a quantidade de mosquitos já existentes na região — explica Luciano Moreira, pesquisador da Fiocruz e Líder do WMP Brasil.

Após algumas semanas de liberação, armadilhas usadas para capturar mosquitos serão instaladas em residências e estabelecimentos disponibilizados por voluntários. O objetivo é monitorar o estabelecimento da população de Aedes aegypti com Wolbachia.

Com as novas áreas, já são 29 bairros do Rio e 28 de Niterói atendidos pelo WMP. No Rio, Tubiacanga, Bancários, Cacuia, Cocotá, Freguesia, Moneró, Pitangueiras, Praia da Bandeira, Ribeira, Tauá, Zumbi, Galeão, Jardim Carioca, Jardim Guanabara, Portuguesa (todos na Ilha do Governador), Cidade Universitária, Cordovil, Bonsucesso, Brás de Pina, Complexo do Alemão, Manguinhos, Olaria, Penha, Penha Circular e Ramos.

Em Tubiacanga, área piloto do WMP no Brasil, o índice de Aedes aegypti com Wolbachia permanece acima de 90% dois anos após o término das liberações. O monitoramento é feito semanalmente. Nos outros bairros da Ilha do Governador onde foi iniciada a fase de expansão do projeto, em agosto de 2017, o índice de Aedes aegypti com Wolbachia é alto, acima de 60%. Nos demais bairros, o estabelecimento está em curso e os índices estão dentro das médias esperadas.

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