Fique atento à presença de carrapatos, muito comuns no Verão

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Cuidado com a presença de carrapatos em áreas verdes, especialmente o estrela (foto), que pode transmitir a febre maculosa, doença causada por bactéria e que é muito perigosa (foto: Pixabay)

Com o calor do Verão, é normal que as pessoas prefiram visitar parques, cachoeiras, beira de rios e lagos e áreas gramadas. Apesar de serem ótimas opções para a diversão em família, é preciso ter cuidado, especialmente em relação à presença do carrapato-estrela, que pode transmitir a febre maculosa. A doença é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e é considerada grave, causando até a morte do paciente, se não for tratada logo no início do aparecimento dos sintomas.

Segundo a secretaria de estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em 2017 foram registrados 25 casos confirmados de febre maculosa no estado, que terminaram com 15 vítimas fatais.

A SES-MG alerta para os sintomas da doença: febre alta, dor de cabeça, dores no corpo, mal estar, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas avermelhadas na pele, especialmente na palma das mãos e na planta dos pés. Os primeiros indícios da febre maculosa surgem entre o segundo e o 14º dia após a picada do carrapato, podendo ser confundidos com os de outras doenças. Portanto, é fundamental que, imediatamente após os primeiros sinais, o paciente busque por um serviço de saúde e dê informações sobre locais que frequentou.

Além dos cuidados ao visitar áreas rurais, matas, cachoeiras, pastos sujos, parques, beira de rios e lagos, é importante ficar atento para o contato com animais domésticos e silvestres ou com os ambientes em que o carrapato-estrela habita. Cavalos, bois, cães, roedores e capivaras participam do ciclo de transmissão da doença e, por isso, o contato com eles deve ser monitorado.

A partir da suspeita de febre maculosa, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, ainda que não haja a confirmação laboratorial. De acordo com a SES-MG, se não tratados, os pacientes podem evoluir para estágios de confusão, torpor, alterações psicomotoras e manifestações hemorrágicas que requerem cuidados hospitalares intensivos e podem levar ao óbito.

A secretaria dá algumas dicas para prevenir a doença:

  • Utilizar repelentes à base de icaridina, que são eficazes na prevenção de picadas por carrapatos
  • Utilizar vestimentas longas e de cor clara, que permitem a fácil visualização dos carrapatos, além de calçados fechados e de cano longo
  • Evitar sentar ou deitar em gramados ao realizar atividades de lazer, como caminhadas, piqueniques ou pescarias
  • Examinar o corpo após frequentar áreas de risco (quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor a chance de infecção)
  • Ao notar a presença de carrapatos, retirá-los com leves torções, evitando o esmagamento do bicho, pois isto pode espalhar a bactéria
  • Utilizar carrapaticidas periodicamente em cães, cavalos e bois, conforme recomendações do médico veterinário

(com Agência Minas)

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