La Niña deve permanecer até abril no país – Veja quais pragas podem se intensificar

Terra Seca - Chão Rachado

Desde setembro do ano passado o fenômeno meteorológico La Niña tem provocado alterações no clima brasileiro. As principais consequências do evento foram o aumento das chuvas no Norte e no Nordeste e a estiagem na região Sul, além de alguns desvios de temperatura em todo o país. A previsão dos especialistas é que a La Niña dure até abril deste ano. Algumas pragas podem se intensificar com o fenômeno e outras podem surgir após o seu fim.

Os últimos meses da edição da La Niña deixarão o país livre de ondas de calor muito fortes. Com isso, as pragas relacionadas ao clima quente tendem a diminuir, o que é uma boa notícia para todos, já que com o calor os insetos tendem a proliferar. Além disso, sem as altas temperaturas, as baratas também não aparecerão com tanta frequência nas cidades.

Uma das grandes ameaças da La Niña no que diz respeito às pragas está na estiagem provocada em algumas regiões do Brasil. A falta de chuvas favorece o surgimento de pragas no solo, o que pode devastar as lavouras. O tempo seco aumenta a incidência da lagarta elasmo (a broca-de-colo) e dos ácaros tetraniquídeos. Sabendo disso, é importante que os agricultores tenham uma estação meteorológica, que é capaz de monitorar a temperatura e a umidade do local, o que possibilita prever a infestação por pragas e torna mais fácil o controle das mesmas.

Os grandes períodos de seca podem provocar também a proliferação de algumas pragas urbanas, como os grilos. Entretanto, a falta de chuva também tem suas “vantagens”: a reprodução do mosquito da dengue é dificultada e também não ocorre o surgimento de carochas.

Por outro lado, a La Niña também provocou fortes chuvas em diversas regiões do Brasil. Neste caso, o perigo aumenta muito, já que o tempo chuvoso favorece a infestação por escorpiões.

Com a La Niña chegando ao fim no mês que vem, vários fatores climáticos devem sofrer alterações no país. A primeira mudança será o aparecimento das primeiras ondas de frio a partir do final de maio. Muitos acreditam que as baixas temperaturas afastam totalmente as pragas, mas não é bem assim. Com o frio, é comum que os ratos e as ratazanas procurem abrigos nas edificações, o que pode trazer grandes riscos para a saúde.

Outro efeito do final da La Niña é a formação de geadas, que geralmente ocorrem quando o clima está em neutralidade (ou seja, não está sendo afetado por nenhum fenômeno meteorológico). Para as lavouras, a notícia não é de todo ruim, pois as geadas são capazes de controlar e eliminar várias das pragas mais perigosas. Com a preparação adequada para o evento, é possível não sofrer nenhum prejuízo.

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