Microrganismos: onde estão e como crescem?

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microrganismos - Pragas e Eventos

O maior desafio da sanitização é o fato de não enxergarmos os microrganismos. Por isso, é importante conhecermos sua dinâmica de crescimento e seus hábitos, para sabermos identificar indícios da sua presença nos ambientes. Essa observação é essencial, pois a sanitização visa justamente reduzir a carga microbiana em um determinado local.

Aliás, antes de mais nada precisamos ter em mente o que é a sanitização e o seu objetivo central. A sanitização é um processo pontual de aplicação de um produto com atividade antimicrobiana e tem como objetivo reduzir a quantidade de microrganismos nas superfícies inanimadas. Com isso, conseguimos perceber que a função da sanitização é agir onde os microrganismos estão mais presentes para controlar o seu crescimento, diminuindo assim o risco de infecções nesses locais. Mas para isso, não é necessário aplicar um produto em toda e qualquer superfície sem critério, pois além de desperdiçar tempo e material, essa prática leva ao maior despejo de produtos químicos no meio ambiente sem necessidade e não contribui em nada para a eficácia da sanitização. Por isso, o melhor caminho é conhecer a dinâmica dos microrganismos nos ambientes para que o tratamento seja mais direcionado.

Como crescem os microrganismos?

Os microrganismos crescem de forma bastante rápida. Algumas bactérias, como a Escherichia coli (que pertence ao grupo dos coliformes fecais) podem duplicar sua população a cada 30 minutos em condições ideais de crescimento. Por exemplo, se considerarmos uma bactéria que dobra a sua população a cada hora, isso significa que uma única célula dessa bactéria se torna mais de 16 milhões de células depois de 24h! É muita coisa, não é mesmo? Mas é claro que nem sempre isso vai acontecer. De qualquer forma, isso mostra que os microrganismos são capazes de crescer com bastante rapidez. E é por isso que precisamos controlar o seu crescimento no ambiente.

Esse controle do crescimento microbiano passa por duas medidas principais: a aplicação periódica de produtos desinfetantes, para reduzir a quantidade de células microbianas no ambiente; e a manutenção e organização dos ambientes para prevenir a proliferação dos microrganismos e retardar o seu crescimento. Os microrganismos são seres vivos como qualquer outro e precisam de nutrientes para conseguirem crescer. Assim, se deixarmos os nutrientes disponíveis para os microrganismos, eles vão fazer a festa e proliferar.

Mas que nutrientes são esses que nós deixamos nos ambientes? Chamamos, de uma forma geral, de matéria orgânica. Restos de comida, poeira, sujeiras… tudo isso é matéria orgânica que vai servir como nutriente para o crescimento dos microrganismos. Por isso, manter o ambiente limpo é a melhor forma de prevenir e frear a proliferação microbiana.

É importante saber identificar nos ambientes os indícios da presença de matéria orgânica, pois como vimos, isso está relacionado ao maior risco de crescimento microbiano. Mas que indícios podem ser esses? Objetos que acumulam muita poeira, como estofados, cortinas, carpetes são ricos em matéria orgânica. Ambientes muito úmidos e pouco arejados fornecem a água necessária para os microrganismos crescerem. A alta circulação de pessoas em um ambiente favorece a troca de poeira e sujeira, levando microrganismos e matéria orgânica para esses locais.

Dessa forma, reconhecer essas características nos ambientes é importante para identificar a necessidade da sanitização e a aplicação pontual dos produtos desinfetantes. E onde esses produtos precisam ser aplicados? Certamente não há a necessidade de aplica-los em qualquer local, mas especialmente nas superfícies onde há o maior contato com as pessoas, como maçanetas, puxadores, corrimão, botões de painéis, braços de cadeiras e qualquer outro objeto que é compartilhado por várias pessoas ao longo do dia.

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