Ministério da Saúde anuncia que mosquitos com bactéria serão usados para combater aedes aegypti em MS

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Segundo o Ministério da Saúde, o método é seguro para as pessoas e para o ambiente, pois a Wolbachia vive apenas dentro das células dos insetos — Foto: Maureen Mattiello

Campo Grande está entre as três cidades brasileiras que irão realizar a etapa final do método “Wolbachia” para o combate ao mosquito Aedes aegypti. O anúncio da etapa final de avaliação, nos três municípios, foi feito pelo Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, nesta segunda-feira, (15) na capital.

O projeto World Mosquito Program Brasil (WMPBrasil) da Fiocruz em parceria com o Ministério da Saúde será testado nos municípios de Campo Grande (MS), Belo Horizonte (BH) e Petrolina (PE). O método, consiste na liberação do Aedes com o microrganismo Wolbachia na natureza, reduzindo sua capacidade de transmissão de doenças. Esta iniciativa não usa qualquer tipo de modificação genética.

A metodologia é inovadora, autossustentável e complementar às demais ações de prevenção ao mosquito. O evento teve como objetivo capacitar médicos, enfermeiros, coordenadores e supervisores de Controle de Vetores dos 79 municípios do estado de Mato Grosso do Sul em relação à técnica de manejo, controle do mosquito e operação de campo.

A previsão é que o processo inicie no segundo semestre de 2019 e tenha duração de cerca de três anos. Segundo o Ministro da Saúde, Henrique Mandetta, que esteve no evento, o método não descarta a responsabilidade geral de combate ao mosquito.

“Essa é uma estratégia complementar. Governo e população precisam continuar fazendo sua parte. No âmbito da pesquisa, hoje estamos dando um importante passo”.

Segundo o Ministério da Saúde, o método é seguro para as pessoas e para o ambiente, pois a Wolbachia vive apenas dentro das células dos insetos. A medida é complementar e ajuda a proteger a região das doenças propagadas pelos mosquitos.

Os mosquitos em contato com a bactéria são capazes de reduzir a transmissão da dengue, zika, chikungunya. Ao serem soltos na natureza, estes se reproduzem com os mosquitos de campo e geram mosquitos com as mesmas características, tornando o método autossustentável.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), de janeiro de 2019, até o dia 12 de abril, foram notificados 20.986 casos de dengue na capital, sendo 4.531 confirmados e seis óbitos.

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