Agentes de endemias passam a atuar com aplicativos de monitoramento em Pernambuco

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Os agentes de endemias dos municípios pernambucanos, responsáveis pelas visitas domiciliares para detecção, tratamento e eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, ganharam um novo aliado para a rotina de trabalho, o aplicativo e-visit@PE. A tecnologia permitirá o envio das informações das visitas em tempo real. O objetivo é agilizar e otimizar a consolidação dos dados e a tomada de decisões pelos gestores municipais e estadual. 

Nesta terça-feira (7), agentes dos sete municípios da VII Gerência Regional de Saúde (Geres), região com o maior percentual de aumento nas notificações de dengue e chikungunya e zika este ano receberão celulares com acesso ao aplicativo. Ao todo, serão 83 aparelhos, todos com acesso à internet. A expectativa é, até o final do ano, todos os municípios pernambucanos estejam utilizando a tecnologia. Por ano, mais de R$ 1,8 milhão serão investidos para manutenção desse trabalho.

Com o aplicativo, os agentes poderão informar as casas visitadas e quais recusaram ou estavam fechadas; os focos positivos para o Aedes, quantos foram tratados e se houve a necessidade de usar larvicida; se há pessoas com suspeita de alguma das arboviroses no domicílio, entre outros dados. “O relatório que era feito de forma manual agora estará integralmente no ambiente online, com a possibilidade da criação de gráficos e tabelas. Agora, os agentes também poderão tirar fotos dos problemas encontrados e todos os dados poderão ser acessados em tempo real, agilizando a tomada de ações pelo município e pelo Estado”, afirma a gerente do Programa Estadual de Controle das Arboviroses da SES, Claudenice Pontes.

CASOSAté 27 de abril, os sete municípios da VII Geres notificaram 1.760 suspeitas de dengue. Em 2018, no mesmo período, eram 44 casos, o que representa um aumento de quase 4000%. Os casos de chikungunya na região aumentaram 435% (de 34 para 182) e os de zika 550% (de 6 para 39). Em todo o Estado, foram notificados 10,6 mil casos de dengue, um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Os casos de chikungunya (1,6 mil) representam um increment de 35,5%. Já os casos de zika (728) significam um aumento de 128%. 

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