Com confirmação de leishmaniose visceral, Matão instala armadilhas para capturar o mosquito palha

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Uma equipe da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) iniciou nesta quinta-feira (14), em Matão (SP), a instalação de armadilhas para capturar o mosquito palha, transmissor da leishmaniose visceral.

A cidade entrou em alerta sobre a presença do mosquito após a confirmação da doença em uma bebê de nove meses. A criança está internada no Hospital das Clínicas Criança de Ribeirão Preto.

Armadilha

A armadilha é composta por um recipiente com uma luz dentro, que atrai o mosquito palha, e um mini ventilador que puxa o inseto para dentro da rede.

O mosquito capturado é levado para análise e, em caso positivo de contaminação, é aplicado um fumacê na região em que ele foi localizado.

Na área urbana, a transmissão da doença ocorre após o mosquito palha picar um cachorro infectado e depois um humano.

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A claridade atrai o mosquito palha e serve de armadilha em Matão. — Foto: Felipe Lazzarotto/EPTV

O diretor da Vigilância Sanitária de Matão, Sérgio Luiz Lucatelli, explica que ambientes úmidos com temperaturas elevadas atraem o transmissor da leishmaniose visceral. “Eles estão principalmente nos locais onde tem resto de folhagem e resto de vegetação”.

Segundo Lucatelli, tanto os cachorros da moradia da criança contaminada, quanto os animais do canil municipal foram examinados e não foi detectada presença do protozoário.

“Ainda é necessário fazer uma pesquisa em todo o bairro para que seja detectado o animal hospedeiro”, explicou o diretor da vigilância sanitária.

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Diretor da vigilância sanitária fala sobre medidas para combater o transmissor da leishmaniose visceral em Matão. — Foto: Felipe Lazzarotto/EPTV

Sintomas da leishmaniose visceral:

  • Fraqueza
  • Emagrecimento
  • Aumento do baço e fígado
  • Comprometimento da medula óssea
  • Problemas respiratórios
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Mosquito-palha costuma ser o transmissor do protozoário da leishmaniose em áreas urbanas — Foto: James Gathany/CDC

O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde informou que não foi notificado nenhum caso da doença neste ano e que o de Matão ainda está sendo investigado.

No ano passado, foram identificados 91 casos de leishmaniose visceral no estado de São Paulo e oito pessoas morreram.

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