Paraná já registra 13 mortes por dengue

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A Secretaria de Estado da Saúde confirmou nesta terça-feira (14)  mais três mortes causadas pela dengue no Paraná. De acordo com o último boletim epidemiológico, uma mulher de 51 anos e um homem de 65 anos morreram no município de Loanda. A terceira vítima fatal é de Londrina, um senhor de 71 anos.  Com isso, subiu para 13 o número de mortes provocadas pela dengue em todo o estado.

Os 10 casos anteriores aconteceram nos municípios de Londrina (5), Cascavel (3) e Maringá (2).

Na semana passada, médicos da Secretaria da Saúde percorreram as regionais de Paranavaí, Irati e Telêmaco Borba para capacitação de equipes que atuam na assistência de saúde. Desde o início do ano, o Setor de Doenças Transmitidas por Vetores vem orientando médicos e enfermeiros sobre o diagnóstico e o manejo clínico da dengue.

A capacitação já foi ministrada nas cidades sedes de 15 das 22 Regionais de Saúde e em municípios com grandes índices de infestação, envolvendo mais de 2 mil profissionais.

Na cidade de Loanda, por exemplo, que além dos dois óbitos tem 163 casos confirmados de dengue, a capacitação abrangeu as equipes da Secretaria Municipal da Saúde, com visitas técnicas nas Unidades Básicas e Hospital Municipal para formatação de fluxos de atendimento e treinamento de equipes para a identificação de criadouros do mosquito transmissor da doença.

“Mas nenhuma ação terá sucesso se não contarmos com a participação da população na eliminação dos focos”, afirma o secretário da Saúde, Beto Preto.

O médico José Carlos Leite, do Setor de Doenças Transmitidas por Vetores, afirma que a equipe que percorreu as regionais detectou muitos problemas. “Criadouros e focos do mosquito Aedes aegypti estão nos quintais e terrenos baldios, nos pontos de acúmulo de lixo, nos recipientes com água parada e, ainda, nos pratinhos dos vasos de planta que também acumulam água parada, inclusive dentro das residências”, disse ele.

Segundo o médico, a eliminação dos criadouros é a medida mais efetiva para acabar com a dengue. “Enquanto não acabarmos com os focos, os ovos depositados continuarão se transformando em larvas, e as larvas em mosquitos transmissores da dengue, da chikungunya e da zika vírus”.

O mais grave, afirma José Carlos Leite, é que os ovos permanecem vivos por mais de um ano. E assim que recebem um pouco de água, se transformam no mosquito. Por isso é importante que a população faça um esforço concentrado para a eliminação do vetor.

O veneno ajuda, mas não resolve o problema da proliferação, pois apenas elimina o mosquito que está na fase adulta. As larvas que se transformarão no mosquito só acabam mesmo com a remoção do criadouro, do lixo e do acúmulo de água parada.

O boletim divulgado nesta terça-feira totaliza 6.772 casos confirmados de dengue no Paraná, 834 casos a mais que na semana passada, que contava 5.938 casos. Os casos confirmados estão em 203 municípios. Os municípios com maiores índices de incidência são Japurá, Francisco Alves, Porto Rico, Leópolis, Uraí, Lupionópolis, Arapuã, Loanda, Itambé, Santa Mariana e Terra Roxa.

A médica veterinária do centro de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde, Ivana Belmonte, alerta ainda para os fatores climáticos. “Não podemos relaxar no controle em função da chegada dos dias frios. Os criadouros devem ser eliminados a todo momento, pois resistem por muito tempo, e a qualquer virada do tempo os ovos vão eclodir, virar larva e depois mosquito. Eliminar os focos é a recomendação que transmitimos diariamente. Em momento algum podemos relaxar no combate contra a dengue”, enfatiza a veterinária.

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