Calendário de invasões das Pragas Urbanas

calendario de pragas sanitas - Pragas e Eventos

Pragas urbanas são animais e, portanto, ocorrem o ano inteiro. Contudo, algumas características comportamentais destes animais associadas às condições climáticas fazem com que elas causem maiores problemas de infestação e incômodo em certas épocas do ano, ou seja, por sazonalidade.

Isto ocorre em relação aos insetos, por exemplo, que são temperatura-dependentes, ou seja, seu desenvolvimento é comandado pela temperatura ambiente. Assim, seu ciclo de vida de ovo até adulto é mais longo em baixas temperaturas, pela queda de metabolismo e mais curto em temperaturas elevadas. Em consequência, no verão temos mais insetos, em função de um maior nº de gerações.

Para se ter ideia, um foco de mosquito a céu aberto e exposto ao sol pode resultar em um ciclo de vida, da fase de ovo até a formação do mosquito adulto alado de 06 dias. A média, em geral, a 27ºC é de 10 / 12 dias. Daí, entende-se a grande quantidade de mosquitos e outros insetos no verão.

Cupins são insetos que são muito influenciados por umidade. Reproduzem-se no período de agosto a outubro, quando realizam grandes enxameagens para o acasalamento.

Roedores são mamíferos e não sofrem esta influência climática. Proliferam o ano todo, independente da temperatura. No entanto, a disponibilidade de alimento regula o crescimento populacional. Por isso, locais de saneamento precário têm uma alta infestação de roedores.

Com relação ao controle, o momento adequado de execução das medidas de redução de infestação deve ser aquele em que as pragas estejam em menor densidade e causem menos problemas sanitários. Assim como em situações de doenças, como exemplo hipertensão, o tratamento deve ser de controle contínuo e deve anteceder às fases críticas.

Por falhas de estratégia, sejam técnicas ou administrativas, com frequência o controle se dá na fase crítica. O controle do mosquito da dengue no verão, de forma emergencial é um erro estratégico grave. O adequado seria termos um controle ao longo de todo ano, com menos esforços, menos custo e sem ocorrência de epidemias. Da mesma forma, o controle de roedores deveria ocorrer também de forma permanente, ou minimamente, nos períodos de pré ocorrência de chuvas/enchentes/leptospirose.

Vejamos algumas dicas sobre o tema.

Verão – Dezembro, Janeiro e Fevereiro

Insetos (Baratas, mosquitos e moscas)

Época de altas infestações, em função da elevação da temperatura. Causam incômodo social, mosquitos picam os humanos e seus animais domésticos, causando desconforto e transmitindo doenças como dengue, causada pelo Aedes aegypti. Baratas podem causar alergias. Baratas e moscas podem contaminar o ambiente e os alimentos, , causando infecções alimentares.

Roedores (Ratazanas de Esgoto)

Os problemas decorrentes das chuvas de verão geram enchentes e alagamentos. Com isso, as ratazanas de esgoto saem das caixas de serviço e migram para as partes edificadas, com o intuito de proteger-se. Misturam-se às águas das enchentes, já que são bons nadadores e urinam nestas águas. A urina, que contem a leptospira, bactéria causadora da leptospirose, mistura-se às águas da chuva, por onde a população se desloca, facilitando a penetração do micro-organismo pela pele e adoecendo.

Prevenção e medidas de controle:

Estocar e descartar lixo adequadamente

Manter regras de higiene e sanitização

Vedar vãos, frestas e quaisquer locais de passagem e abrigo

Desobstruir galerias de esgoto e demais tubos de serviço

Remover recipientes cumulativos de água, evitando água parada.  

Desinsetizar as residências, áreas de alimentação e demais locais críticos para infestação de baratas e moscas.

Desratizar áreas de ocorrência de enchentes, com presença de roedores.

Outono – Março, Abril e Maio

Mosquitos

Momento pós chuvas, em que a densidade populacional de mosquitos da dengue é elevada, em função da eclosão maciça dos ovos nos focos de águas paradas resultantes em recipientes cumulativos e pequenos encharcamentos. Clímax do período epidêmico, iniciado no verão.

A consciência ambiental relacionada à eliminação de focos é fundamental.

Não esqueça:

  • Furar vasilhames cumulativos de águas de chuvas
  • Manejar o lixo adequadamente
  • Não deixar pneus a céu aberto
  • Não cultivar plantas aquáticas
  • Não deixar os pratinhos suportes de plantas com água
  • Vedar bem os recipientes de água potável, como cisternas e caixas d’água
  • Evitar quaisquer possibilidades de acúmulo de água parada

Inverno – Junho, Julho e Agosto

Época mais fria e, portanto, de menor densidade populacional de pragas. Por isso, existe a ideia errônea de que se pode “esquecer” das pragas urbanas. Ledo engano!

Dicas de inverno:

Aproveite para eliminar todos os possíveis criadouros para evitar a reprodução de pragas.

O esforço preventivo requer menos demanda e é mais produtivo. O controle emergencial em épocas de intensa infestação, como no verão, requer mais esforço, é mais oneroso e os resultados são mais lentos ou nem sempre alcançados.

Prevenir é um ato contínuo.

Cupins

De agosto a outubro temos o período de enxameagem ou revoada de cupins. A enxameagem precede o acasalamento. Após o acasalamento, os cupins perdem suas asas e buscam um local na madeira para formar seu ninho e uma nova colônia. Então, a enxameagem é como que um aviso de perigo de infestação e possível dano patrimonial, pois os cupins alimentam-se de celulose, destruindo móveis, papéis e outros bens. Sinal de perigo! Necessidade de prevenção!

Dicas importantes:

  • Verifique a presença de pó granulado nas bases de móveis, pois este é um vestígio importante de cupins de madeira seca
  • Verificar a presença de túneis ou galerias, que são sinais de cupins subterrâneos

A qualquer sinal de cupins, providencie o controle profissional imediato.

Arejar bem os ambientes, reparar infiltrações e inspecionar sempre são atitudes de prevenção que podem salvar bens materiais, de valor histórico e de valor afetivo.

Primavera– Setembro, Outubro e Novembro

Época que precede o verão em que devemos estar atentos com ocorrências iniciais e mais aparentes de pragas urbanas.

Antes prevenir enquanto é tempo do que deixar adentrar o verão e deparar-se com infestações críticas e emergenciais.

Dicas de primavera:

Inspecione armários, vãos de escadas, sótãos, áreas de manipulação de alimentos e outros locais passíveis à infestação.

Embora não sejam pragas urbanas, abelhas e vespas causam sustos e a primavera é a época de reprodução destes insetos. Por serem polinizadores de flores, dispersam o pólen e pessoas sensíveis ou alérgicas sofrem os efeitos e devem proteger-se com medicamentos para os sintomas ou antialérgicos, sob consulta médica.

Cupins

O período de enxameagem prossegue até outubro. Não esqueça de estar atento para qualquer vestígio.

Dica para o ano todo:

Pragas urbanas são “doenças do ambiente”. A “saúde ambiental” é o passo correto para a prevenção das pragas urbanas.

O controle integrado de pragas é a filosofia de controle, onde medidas de controle químico são conjugadas a medidas de higienização, manejo ambiental, bloqueio físico de entradas e vãos, fechamento de frestas e fendas e de monitoramento.

O controle de pragas urbanas depende da participação interativa de todos.

Vale lembrar que estamos em um país tropical, onde as estações não são bem definidas. Brinca-se que em São Paulo podemos ter as 4 estações em um único dia. Isto reforça a ocorrência das pragas ao longo de todo ano e a necessidade de prevenção contínua e permanente.

Sempre que for realizar o Controle químico, evite riscos, busque uma Empresa Especializada mais próxima de sua residência para que possa lhe dar uma assistência continua, certifique-se que ela esteja Registrada na Vigilância Sanitária, confirme o Registro, sempre é bom saber quem entra em sua casa ou empresa.

Um Profissional capacitação poderá lhe ajudar muito com orientações.

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