Prefeitura faz alerta sobre pombos e irá promover ações de conscientização

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O aumento de pombos em espaços e prédios públicos deve motivar uma ação de conscientização por parte do Poder Público. O risco oferecido pelas aves, que podem transmitir doenças como a criptococose e a salmonelose, fará com que a Prefeitura realize, nos próximos meses, um trabalho de intensificação sobre as aves. Panfletos serão confeccionados e distribuídos em escolas, creches e prédios públicos, alertando, dentre outras medidas, sobre os riscos na alimentação dos pombos, prática comum entre inúmeros munícipes em diversas regiões da cidade.

Além disso, trabalha com um projeto de instalação de placas em espaços públicos. Embora não exista prazo para que as ações sejam colocadas em prática, a Secretaria de Saúde atua para elaborar tanto a cartilha como as placas o mais breve possível.

O sinal de alerta foi ligado na Câmara Municipal. Ciente do problema e preocupada com o fato de munícipes alimentarem os pombos na região central, sobretudo na Praça Rui Barbosa, a vereadora Maria Helena Scudeler de Barros (PSB) protocolou um requerimento cobrando do Poder Público a elaboração de um programa de conscientização voltado à população, justamente com a colocação de placas em espaços públicos, pedidos para que a população não jogue alimentos aos pombos devido aos riscos à saúde, e sugeriu que o não cumprimento das medidas preventivas resulte na aplicação de multa.

“As pessoas que alimentam os pombos não sabem as doenças e a preocupação que essas aves trazem. O Poder Público deve tomar pé dessa situação e orientar o cidadão do que essas aves transmitem”, alertou.

Saúde Pública
Outro vereador a comentar sobre o problema foi Orivaldo Aparecido Magalhães, o Magalhães da Potencial (PSD). Na tribuna, citou casos vistos por empresas especializadas na área, que já chegaram a encontrar, segundo ele, pombos dentro de caixas da água e comentou a série de doenças que as aves podem trazer. Ele cobrou providências urgentes por parte da Administração Municipal.

“Vejo como um problema de saúde pública que pode acometer as pessoas. A Prefeitura tem que buscar, por meio da zoonose, um meio de controlar essas aves”, alertou.

A criptococose, uma das doenças que podem ser transmitidas, é provocada por fungos que vivem no solo, encontrado nos excrementos das aves, principalmente nos pombos.

As doenças podem ser transmitidas via um simples contato com as aves e suas fezes, que muitas vezes ficam espalhadas pelas ruas. Um pombo na cidade vive em média 4 anos, enquanto que em seu ambiente natural pode viver até 15 anos.

Gerente pede que pombos não sejam alimentados
A principal preocupação do Poder Público está relacionada ao fato de munícipes oferecerem alimento com frequência aos pombos, cena rotineira em diversos locais da cidade, em demasia na Praça Rui Barbosa. Para isso, a confecção dos panfletos e a instalação das placas. Neste caso, será necessária abertura de processo licitatório, o que devido à crise financeira, deverá ficar para o segundo semestre.

Gerente de Vigilância em Saúde, Joalice Penna Rocha Franco explicou ao O POPULAR a importância da consciência do cidadão em não alimentá-los, fator fundamental para se evitar o aumento das aves. “Deve existir a conscientização de não dar comida para os pombos”, ressaltou.

Caso prevaleça, Joalice acredita que o panorama poderá se tornar preocupante. “Vai ficar uma situação insustentável, porque quanto mais alimenta, mais aumenta o número de pombos”, analisou.

“A gente pode viver muito bem com os pombos, basta evitar dar alimento e não ter contato”, completou.

Medidas de controle

– Retirar ninhos e ovos
– Umedecer as fezes com desinfetante antes de varrê-las
– Utilizar luvas e máscara ou pano úmido para cobrir o nariz e a boca ao fazer a limpeza do local onde estão as fezes
– Vedar buracos ou vãos entre paredes, telhados e forros
– Telas em varandas, janelas e caixas de ar-condicionado
– Não deixar restos de alimentos que possam servir aos pombos como ração de cães e gatos
– Grampos em beirais para evitar que os pombos pousem
– Acondicionar corretamente o lixo em recipientes fechados
– Nunca alimentar os pombos

Fonte: Ministério da Saúde

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