Descoberta científica revolucionária cura 12 cães da leishmaniose

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Uma equipa internacional de investigadores e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S), no Porto encontrou uma molécula capaz de tratar a leishmaniose, menos tóxica e mais barata do que os tratamentos previamente disponíveis.

Os 12 cães que sofriam da doença provocada por parasitas ficaram completamente curados. Para chegar a esta descoberta a equipa de cientistas analisou cerca de 500 mil moléculas até chegar a um composto químico seguro e eficaz, como revela a revista Abril. 

A saber a infeção nos cães constitui um risco ativo para a saúde dos humanos. 

A sua transmissão dá-se através da picada de pequenos mosquitos que se alimentam de sangue. Por serem extremamente pequenos, estes mosquitos são capazes de atravessar mosquiteiros e telas de proteção. São mais comummente encontrados em locais húmidos, escuros e com muitas plantas.

Além do cuidado com os mosquitos, através do uso de repelentes em áreas muito próximas a matas, dentro de matas ou com uma florestação densa é importante também saber que este parasita pode estar presente em alguns animais exóticos e, inclusive, e como referido em animais de estimação como os cães. 

A leishmaniose pode também ser transmitida por utilizadores de drogas injectáveis infectados, pela partilha de agulhas, e ainda por dadores de sangue e por transplantes de órgãos infectados. Se não for tratada atempadamente, a infecção pode ser fatal para o cão e os seres humanos.

O novo fármaco recentemente descoberto resulta de um projecto de investigação chamado NMTryp (New Medicine for Trypanosomatidic Infections), que a União Europeia financiou com 7,6 milhões de euros em 2014. A ação incluiu 12 parceiros (nove instituições académicas e três empresas) europeus e de países onde estas doenças são endémicas (Itália, Grécia, Portugal, Sudão e Brasil).

Como posso prevenir a infeção por leishmaniose no meu cão?

Para além da manutenção de um bom estado de saúde do seu cão, pode prevenir esta doença, aplicando, regularmente, no seu animal, inseticidas com efeito repelente sob a forma de coleiras, de pulverização ou de spot-on,  de modo a impedir a picada do flebótomo. Deve também fazer, anualmente, o despiste da infeção de modo a detetar precocemente o parasita, sobretudo se o seu cão vive numa área endémica. 

Em Portugal, existe já uma vacina contra a leishmaniose canina e poderá aconselhar-se com o seu médico veterinário. A prevenção é fundamental para reduzir o número de casos de leishmaniose nos animais e para evitar o risco para os humanos.

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