Dois municípios do Paraná enfrentam epidemia de dengue e 52 estão em risco

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Um segundo município do Paraná entrou em situação de epidemia de dengue. Trata-se de Ludionópolis, localizado na região metropolitana de Londrina, que registrou na última semana, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 13 novos casos autóctones da doença (ou seja, a infecção ocorreu no próprio município). Uraí, também no norte do Paraná e que já estava em situação de epidemia, apresenta oito novos casos.

Ainda segundo a Sesa, além dos dois municípios que já estão em situação de epidemia, outras 52 cidades estão classificadas em situação de risco de epidemia, sendo que nove desses municípios apresentam alto risco, sendo necessária a adoção de medidas de controle. A maioria desses municípios fica no Litoral, Oeste, Noroeste e Norte do Paraná. São eles: Paranaguá, Guaratuba, Maringá, Apucarana, Cianorte, Umuarama, Guaíra, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão.

Na última semana (entre os dias 05 e 12 de fevereiro), inclusive, o número de casos de dengue confirmados no Paraná cresceu 46,88%, saltando de 224 para 329. Já o número de casos notiicados cresceu 14,9%, passando de 7.736 para 8.889.

Até aqui, 268 municípios do Paraná (67,2% do total) já notificaram possíveis casos de dengue, enquanto 72 municípios (18%) já confirmaram episódios da doença. Os municípios com maior número de casos suspeitos notificados são Londrina (1.988), Foz do Iguaçu (943) e Paranaguá (587). Já os municípios com maior número de casos confirmados são: Londrina (63), Uraí (60) e Foz do Iguaçu (30).

Curitiba, por sua vez, notificou 374 casos, dos quais 176 já foram descartados e outros três, confirmados. Nessas três situações, porém, a infecção ocorreu fora do município. Além disso, a Capital também teve um caso de chikungunya confirmado, assim como Foz do Iguaçu e Medianeira. Segundo a Sesa, os três casos são importados e a infecção ocorreu no Paraná, estado que enfrenta um surto da doença.

O verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. Quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da doença, tanto no seu imóvel, que ficará desabitado, como na casa eventualmente alugada para a temporada.


Secretaria de Saúde apela para conscientização da população
A Secretaria de Estado da Saúde vem insistindo bastante na conscientização da população, para que atue na eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Eles se reproduzem em todo tipo de água parada, em pratos de plantas, lixo abandonado em terrenos baldios, garrafas, bebedouros de animais ou objetos abandonados em quintais.

A proliferação do mosquito transmissor aumenta muito no verão. Os casos mais graves da doença costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), dependentes químicos e pessoas com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras.
A orientação é que todos busquem atendimento de saúde tão logo apresentem os primeiros sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances de agravamento do caso. Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais não podem ser desprezados.


Combate
Fumacê ajuda a reduzir infestação de mosquito
Desde a última semana a Secretaria de Estado da Saúde tem aplicado inseticida com carros fumacê para combater a infestação do mosquito Aedes egypti em municípios com situação mais crítica. O processo já foi feito em municípios como Londrina, Santa Isabel do Oeste, Capanema, Uraí e Antonina. A secretaria, porém, alerta que os melhores resultados só serão obtidos com engajamento total da população.
“De nada adianta aplicar o fumacê para eliminar os mosquitos se existem criadouros em centenas de propriedades particulares”, afirma a médica veterinária Ivana Belmonte, do Centro de Vigilância Ambiental em Saúde. Segundo a Sesa, a maioria dos criadouros está dentro dos quintais, em qualquer lugar com acúmulo de água parada, por menor que seja.
Por isso, é preciso atuar ativamente mantendo quintais limpos, sem acúmulo de lixo, pneus e garrafas, por exemplo; calhas, marquises e ralos. Já os pratos das plantas podem ser completados com areia grossa até as bordas ou ser lavados com água, bucha e sabão todas as semanas, para eliminar ovos do mosquito. Locais de armazenamento de água devem ser mantidos com tampas.

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