Drone fará monitoramento de focos do Aedes aegypti em Cuiabá

drone dengue - Pragas e Eventos

ALINE ALMEIDA
Da Reportagem

O município de Cuiabá passa a contar com mais um reforço no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus. Um VANT – espécie de drone (veículo aéreo não tripulado), será utilizado para fazer o mapeamento e monitoramento dos focos larvários do mosquito.

Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde aponta que somente no primeiro mês – levantamento semana 04 – foram notificados mais de 94 casos de dengue, 108 de chikungunya e 52 de zika vírus. Dos bairros com mais notificações figuraram Pedra 90, Coophamil e Santa Isabel.

É exatamente os bairros campeões na proliferação do mosquito pelo LIRAa – Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti que serão os primeiros a serem monitorados. A eficácia da aeronave, que é controlada por um técnico e filma em resolução 4K – o equivalente a quatro vezes o padrão Full HD e com georreferenciamento.

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que as imagens servirão de subsídio que intensifique ainda mais as ações de combate ao Aedes nos bairros com LIRAa mais altos. Com a exatidão dos principais criadouros computados por região, rua e casa, a secretaria terá como dimensionar e direcionar melhor os trabalhos e, com isso, deliberar sobre ações mais enérgicas para cada região.

Nos meses de outubro e novembro de 2017 foi realizado o 4º e último LIRAa. A amostragem indicou que entre os bairros com maiores Índice de Infestação Predial (IIP) estão o Três Barras, Residencial Paraná, Nova Canaã 1,ª 2ª, e 3ª Etapa, Colina Verde, Jardim Umuruama, Altos da Glória e 1º de Março com 10,3%.

O número é considerado de alto risco, uma vez que o ideal indicado pelo Ministério da Saúde é 1%.

Ainda conforme o levantamento, nos bairros citados mais de 80% dos criadouros encontrava-se em depósitos ao nível do solo (como caixas d’água, tambores, fontes ou qualquer outro depósito ao nível do solo que pode acumular água).

Nas demais comunidades vistoriadas, esse número girou em torno de 60%, e outros 40% dos casos mostram que os possíveis criadouros do mosquito ainda são encontrados em lixos e outros resíduos sólidos (como tampinhas de garrafa, latas velhas, casca de ovo, saco plástico, vasilhas, calhas, etc). Vale ressaltar que 90% dos focos do Aedes aegypti estão em residências.

DICA – A prevenção é a maior arma contra o Aedes aegypti. Por isso, a orientação é: manter quintais limpos, armazenar garrafas vazias e demais recipientes que possam acumular água sempre de ‘boca para baixo’ ou mantê-los devidamente protegidos com tampas. Manter caixas d’água devidamente tampadas, vasos e os pratos de plantas com areia. Manter a limpeza de calhas (se possível três vezes ao ano) e piscinas vazias ou cobertas por lonas. Além disso, devemos depositar hipoclorito de sódio (alvejante) em ralos externos e internos. 

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