Força-tarefa quer usar drones para procurar Aedes aegypti em lotes fechados no DF; entenda

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O governo do Distrito Federal anunciou, nesta segunda-feira (14), uma força-tarefa que prevê o uso de drones para identificar possíveis focos do Aedes aegypti em regiões do Distrito Federal. A fiscalização vai ocorrer, inclusive, em lotes particulares que estejam fechados.

A iniciativa ainda não tem data prevista para começar. Antes, o governo pretende criar uma legislação específica que regulamente o uso dos equipamentos eletrônicos no DF (entenda mais abaixo).

A ideia, segundo o coronel Emilson Ferreira dos Santos, do Corpo de Bombeiros, é inserir a ação nas práticas de saúde pública.

“A gente tem uma dificuldade grande por estar na capital do país”, afirma. “Vamos tentar escrever a legislação junto ao governo […]. A intenção é ver se tem o risco, ou não, de ter o foco ali dentro”.

No DF, a ação ficará sob responsabilidade do Corpo de Bombeiros. De acordo com os militares, a corporação vai usar dois drones para sobrevoar as áreas com alta notificação de dengue, zika e chikungunya – as três são transmitidas pelo Aedes aegypti.

Na legislação prevista, os militares pretendem restringir a operação do drone a poucos servidores, e apagar as imagens assim que forem feitas.

“A gente vai ter uma única pessoa para olhar essa imagem porque, apesar de o lote parecer vazio, pode ter uma pessoa utilizando [o espaço], e ter imagens inapropriadas.”

O que diz a lei

Em 2017, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou um regulamento para o uso de drones no país. As regras exigem habilitação para os pilotos de equipamentos que pesem mais de 25 kg e proíbe o voo sobre pessoas.

A exceção, neste caso, é quando o público emite uma autorização. Sem isso, as regras preveem que será preciso respeitar uma distância de 30 metros de pessoas. Este ponto da lei não se aplica aos órgãos de segurança pública, como o caso do Corpo de Bombeiros.

Equipe de combate ao mosquito Aedes aegypti em ação no DF — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Equipe de combate ao mosquito Aedes aegypti em ação no DF — Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

Combate ao mosquito

Além das ações de fiscalização via drones, o governo do DF anunciou que vai colocar 760 profissionais nas ruas para fazer inspeções e dar orientações à população.

“Nosso objetivo é trabalhar sempre com prevenção e comunicação, sensibilizando a população para trabalhar de forma conjunta”, diz o secretário de Saúde, Osnei Okumoto.

As iniciativas fazem parte da Força-Tarefa para Prevenção e Combate à Dengue e outras Arboviroses – como foi chamada a medida de combate a dengue, zika e chikungunya no DF.

A pasta diz, ainda, que estas ações serão “contínuas” e vão priorizar as regiões com os maiores registros de notificações dessas doenças:

  • São Sebastião,
  • Paranoá;
  • Itapoã;
  • Planaltina;
  • Samambaia;
  • Estrutural;
  • Recanto das Emas;
  • Lago Norte;
  • Lago Sul e
  • Candangolândia

Casos suspeitos

A Secretaria de Saúde registrou 14 casos suspeitos de dengue na primeira semana epidemiológica deste ano. De acordo com o boletim, não houve registro de casos graves e óbito por dengue, nesse período ou no ano passado. Os dados foram divulgados nesta segunda (14).

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