Segundo caso autóctone de leishmaniose visceral humana é confirmado em Santa Catarina

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CCZ faz coleta e exame laboratorial para diagnóstico em animais - Secretaria Municipal de Saúde/Divulgação/ND

Foi confirmado nesta quarta-feira (13), pela Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, o segundo caso autóctone de leishmaniose visceral humana de Santa Catarina. O paciente, um homem de 34 anos, começou o tratamento em agosto, no Hospital Nereu Ramos, e teve alta da unidade. O primeiro caso foi identificado em agosto, quando um morador do Saco dos Limões foi internado após ter contraído a doença.

De acordo com a secretaria de Saúde de Florianópolis, o homem morava no bairro Pantanal quando adoeceu. Ele teve os primeiros sintomas da doença em maio. Na ocasião, quando procurou uma unidade de saúde, o parasita não foi identificado. Em agosto, com o agravamento da situação, ele buscou o Hospital Nereu Ramos. O Centro de Controle de Zoonoses, ainda conforme a Secretaria de Saúde, deve iniciar a investigação ambiental e o inquérito sorológico nos cães encontrados na região.

17 perguntas e respostas sobre a leishmaniose visceral, doença que afeta cães e humanos

A doença

A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa grave causada pelo parasita Leishmania infantum, transmitido ao homem por meio da picada da fêmea do inseto conhecido como ‘mosquito-palha’ que tenha se alimentado do sangue de um animal hospedeiro (reservatório), na maioria das vezes, em áreas urbanas, os cães.

Por ser um animal doméstico, estando intimamente próximo ao homem, os casos nos animais costumam preceder os casos em humanos, funcionando como um evento sentinela. Em maio deste ano, o Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis fez mais um alerta à população da Capital sobre o aumento dos casos de cães infectados pelo parasita Leishmania chagasi e as áreas de maior incidência na cidade.

Proliferação

Segundo o levantamento da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, a leishmaniose visceral canina, que antes se concentrava na região da Lagoa da Conceição, agora está distribuída em 34 bairros da Capital. Desde 2010, o CCZ já investigou mais de sete mil cães de forma contínua, em especial nas regiões onde já foi confirmada a presença de cães infectados.

Em 2017, foram testados 713 cães e detectados 62 casos da doença, segundo último levantamento divulgado pelo CCZ. A maioria localizada na Lagoa da Conceição, no Canto da Lagoa e na Costa da Lagoa; mas bairros como Rio Tavares, Pantanal, Córrego Grande e Itacorubi também estão na lista.

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