Técnicos do Lacen coletam amostras de mosquitos em Santarém para avaliar a ação de larvicidas

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paulo whitaker - Pragas e Eventos
Mosquito Aedes aegypti é transmissor da dengue (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

Armadilhas foram espalhadas em bairros de Santarém, oeste do Pará, para atrair os mosquitos transmissores da Leishmaniose visceral (calazar) e da dengue. Por meio desse método, os pesquisadores do Lacen (Laboratório Central do Pará) podem fazer a análise da ação que inseticidas e larvicidas têm sobre o mosquito.

O biólogo Geovane Dourado, do Centro de Controle de Zoonozes de Santarém, acompanhou os trabalhos. “A armadilha é um pequeno recipiente plástico com água e levedo de cerveja – para fazer a solução que vai atrair o mosquito, e uma palheta. Essa palheta é mergulhada nessa solução, onde a fêmea põe os ovos. Depois nós retiramos a palheta para análise em laboratório”, explicou.

O objetivo dessas armadilhas é coletar exemplares de flebotomíneo – mosquito responsável pela transmissão de doenças a humanos e animais -, para a realização de testes com inseticidas.

O médico veterinário Arnaldo da Silva, contou que estão sendo usados dois tipos de inseticidas: um à base de carbamato e outro de piretróide, compostos químicos. “Nós coletamos o mosquito do campo e submetemos ao contato com um inseticida impregnado na parede. Depois é que é feita avaliação da ação do produto”, frisou.

Segundo os pesquisadores, ainda serão analisados também os ovos do mosquito transmissor da Malária (Plasmodium vivax). “Depois daremos continuidade na coleta de ovos do Aedes aegypti para verificar a resistência no campo pelo larvicida que está sendo utilizado”.

Ao todo, são 150 pontos diferentes, com o objetivo de chegar o mais próximo possível da realidade do município analisado. “Santarém é uma das cidades que foi escolhida para esse projeto, assim como Altamira, Itaituba e Breves. As cidades foram selecionadas a partir do tamanho da população, características geográficas, clima, umidade, temperatura, altitude com relação ao mar, turismo, enfim”, relata o médico veterinário.

Estão envolvidos nessa ação a Secretaria Municipal de Saúde, com o Centro de Controle de Zoonoses e agentes de endemias; Secretaria Estadual com os kits, e na esfera federal, o Ministério da Saúde.

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