Vacina da dengue já está na última etapa de testes

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Preocupado com o cenário epidemiológica da dengue neste ano, que teve aumento de 599,5% em comparação com 2018, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que a vacina da dengue, produzida pelo Insituto Butantan, já está na última fase de testes. A previsão é que esta etapa seja finalizada em 2020. A vacina, de dose única, vai proteger contra os quatro sorotipos da dengue e está na terceira fase de desenvolvimento de testes em humanos.

“Estamos muito esperançosos com a vacina e esperamos que ela possa chegar no ano que vem. Até lá, vamos passar um verão muito duro, com muita dificuldade por conta da reintrodução do sorotipo 2 de dengue que tem encontrado, desde 2018, muitas pessoas suscetíveis à doença”, ressaltou o ministro da Saúde, durante o 7º Congresso Brasileiro Médico, Jurídico e da Saúde, em Vitória (ES), nesta segunda-feira (16).

Ao final da terceira fase de produção do imunobiológico, o Instituto Butantan precisa comprovar a eficácia por meio de estudo que deverá trazer os dados de segurança e índices finais de proteção da vacina. Após esse processo, será solicitado o registro da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para que possa ser incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ofertada gratuitamente pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Não é só a parte clínica que é levada em consideração, mas os dados de produção, de controle de qualidade e tudo o que foi feito durante o processo.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DO AEDES

Em 2019 (até 24 de agosto), foram registrados 1.439.471 de casos de dengue em todo o país, com crescimento de 599,5% em relação ao mesmo período de 2018 (205.791). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 690,4 casos/100 mil habitantes. Entre os estados com casos, destacam-se Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Com relação ao número de óbitos, foram confirmadas 591 mortes.

Confira as ações de prevenção e combate ao mosquito

Este aumento pode ser explicado por uma associação de fatores, como condições ambientais fora do comum (alto volume de chuvas e altas temperaturas); grande número de pessoas suscetíveis, uma vez que nos dois últimos anos houve baixa ocorrência de dengue em toda a região das Américas; mudança no sorotipo predominante, entre outros.

Para mobilizar a população e garantir que não apareça novos focos do Aedes aegypti, o Ministério da Saúde lança a campanha publicitária de combate ao mosquito e convida você a se juntar nesta grande ação. O objetivo é conscientizar os gestores estaduais e municipais de saúde e toda a sociedade sobre a importância de se organizarem antes da chegada do período chuvoso no combate ao surgimento de novos criadouros do mosquito. 

Por Jéssica Cerilo, da Agência Saúde
Atendimento à imprensa
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