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O Vírus do Nilo Ocidental já chegou no Brasil. O que precisamos fazer para prevenir?

04/10/2021 - Atualizado em 08/10/2021
em Destaques, Fábio Medeiros da Costa, Saúde Pública
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O Vírus do Nilo Ocidental já chegou no Brasil. O que precisamos fazer para prevenir?
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O vírus do Nilo Ocidental (VNO) pertence a família Flaviviridae, gênero Flavivirus. Trata-se de um arbovírus (termo derivado do inglês “arthropod borne viruses”, vírus transmitidos por artrópodes) que foi identificado pela primeira vez em 1937 em Uganda, África. Em seguida se espalhou pelo restante de África, Oriente Médio, Rússia e o restante da Europa. No continente americano o VNO chegou em 1999 em Nova Yorque e arredores onde foram registradas contaminações em pássaros, equinos e humanos com idades avançadas (idosos). Posteriormente, entre 2001 e 2004 foi detectado no México, Belize, Guatemala, Cuba, El Salvador, Bahamas, Ilhas Cayman, Jamaica, República Dominicana, Porto Rico, Trinidad e Tobago, Venezuela e Colômbia. Depois foi detectado em 2006 na Argentina e em 2009 foram demonstradas evidências da presença de vírus em soros de cavalos no Pantanal Brasileiro.

É transmitido por meio da picada de fêmeas de mosquitos (Culicidae), sendo o gênero Culex (pernilongo comum das casas) o principal vetor. Na América do Norte são reconhecidas como vetores as espécies Culex pipiens e Culex quinquefasciatus. Já as espécies Aedes albopictus, Aedes vexans, Culex restuans e alguns Anopheles spp. foram encontradas naturalmente infectadas com o VNO, desta forma, podendo ter a alguma participação como vetores na transmissão.

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Os reservatórios desse vírus são aves, os equinos, os humanos e outros mamíferos. Desses, as aves migratórias são as que desempenham importante papel na disseminação do VNO devido às longas distâncias que conseguem percorrer em todo o continente americano, por exemplo, e servirem como fonte alimentar preferencial de muitos mosquitos Culex sp., os quais também são domiciliados convivendo nos mesmos espaços com os humanos e animais domésticos.

Sintomas da doença

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, apenas 20% das pessoas que se infectam com o VNO apresentam os sintomas característicos da Febre do Oeste do Nilo – FNO, que são:

  • febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;
  • anorexia;
  • náusea;
  • vômito;
  • dor nos olhos;
  • dor de cabeça;
  • dor muscular;
  • exantema máculo-papular (manchas vermelhas e planas na pele); e
  • linfoadenopatia (íngua).

Os idosos correm maiores riscos de desenvolverem formas graves e óbito devido a maior permeabilidade na barreira hemato-encefálica, onde os vírus podem atingir o sistema nervoso central, causando danos mais severos e irreversíveis.

Outro impacto importante desse vírus é o econômico já que podem atingir as aves domésticas destinadas à produção de ovos e carne, além dos equinos, provocando mortandade e sérios prejuízos na economia.

No Brasil, desde 2014 vem sendo registrados casos (4) da VNO em humanos no Estado Piauí, sendo que um deles veio a óbito. Recentemente, nos últimos três anos foi diagnosticada presença do VNO em cavalos em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, e em 2021 no Paraná.

É possível que nos próximos anos a doença possa se estabelecer como uma endemia no país visto que o território está na rota de aves migratórias. Na Figura 1, é possível observar as principais rotas de aves migratórias no continente americano, onde é notório a região do Delta do Parnaíba, no Piauí, como um portão de entrada desses animais.

img - Pragas e Eventos
Figura 1. Mapa das principais rotas de migração de aves nas Américas. Modificado de Audubon, disponível em: http://fl.audubonaction.org/site/MessageViewer?em_id=33661.0&pgwrap=n . Acesso: 02/10/2021.

Figura 1. Mapa das principais rotas de migração de aves nas Américas. Modificado de Audubon, disponível em: http://fl.audubonaction.org/site/MessageViewer?em_id=33661.0&pgwrap=n . Acesso: 02/10/2021. Essa previsão não é somente baseada no curso das aves migratórias, mas também considerando que a distribuição do mosquito Culex quinquefasciatus (principal vetor) é bastante ampla (Figura 2) entre todos os países que já detectaram a presença do VNO tanto nas Américas quanto no mundo

img 02 - Pragas e Eventos
Figura 2. Distribuição geográfica do mosquito Culex quinquefasciatus (áreas pintadas de verde). Fonte: https://wrbu.si.edu/vectorspecies/mosquitoes/quinquefasciatus . Acesso em: 02/10/2021.

Considerando que Cx. quinquefasciatus tem comportamentos muito ecléticos, picando indistintamente aves, mamíferos (incluindo humanos) e répteis, é possível que a circulação viral aumente gradativamente se medidas sanitárias não forem instaladas, tais como: controle do vetor (principalmente nas residências), vigilância sorológica em animais e de epizootias, eliminação de focos de transmissão em animais e tratamentos das pessoas doentes. Não é recomendado o abate de aves migratórias, pois trata-se de crime ambiental. Assim como, não se deve manusear carcaças de animais mortos. Em casos de epizootias em fazendas e periferias de cidades é fundamental comunicar aos órgãos sanitários registrando o máximo de informações observadas na ocorrência.

Os riscos envolvidos no aumento da circulação do VNO serão cada vez maiores, tanto quanto a população permita a proliferação do vetor. Desta forma, é fundamental eliminar água parada em recipientes inservíveis (pneus, copos, garrafas, latas, potes etc.) e manter devidamente fechados os recipientes servíveis (tonel, caixa d´água, cisternas, tambores, tanques etc.). Além disso, fossas sépticas devem estar devidamente vedadas e esgotos devem ser tratados e conduzidos em tubulações até a destinação final. As residências devem ser teladas suas portas e janelas e a população deve utilizar mosquiteiros todas as noites, de preferência impregnados com inseticidas. Quando expostas, as pessoas devem usar roupas longas e de cor clara e repelentes. Em criatórios de animais é possível instalar telas em galinheiros, pocilgas, apriscos e estábulos, de modo a protegê-los, especialmente durante a noite, período de maior atividade do vetor.

As ações de controle vetorial tais como a borrifação residual intradomiciliar, o fumacê e o controle biológico em corpos aquáticos (lagos, lagoas, açudes e represas para contenção de matéria orgânica) devem ser realizadas de modo a manter o controle da população de mosquitos, especialmente se estão na rota de aves migratórias.

Fabio Medeiros da Costa

Fábio Medeiros da Costa

Biólogo, Mestre em Entomologia e Especialista em Saúde Pública. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, Brasil.

É autor de três livros, três capítulos de livros e de 10 artigos científicos publicados em revistas científicas brasileiras e estrangeiras. Atua como professor de ensino superior e também como consultor para diversas empresas no Brasil. Participa do comitê editorial da Embrapa Rondônia e é revisor técnico para algumas revistas científicas. É colunista para o site Pragas e Eventos e ministra palestras pelo Brasil com temas de saúde pública, vetores, pragas entre outros.

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